E duas semanas passaram descumprindo a proposta de atualizar o blog semanalmente. Mas quem me acompanha mais de perto deve ter visto que estou numa pegada intensa de viagens e trampos. Não estou reclamando ou justificando, só tenho a agradecer pela boa fase!
Conforme prometido, vou trazer um pouco do Latin America Tour que fiz com o Sepultura em outubro Foram 5 países e 8 shows, hoje trago um pouco mais sobre os três primeiros. Saímos de São Paulo, na manhã do dia 19, com banda, crew e 25 volumes, entre equipamentos e malas, rumo ao primeiro show em Buenos Aires (Argentina). Check-ins feitos com antecedência facilitou os trâmites no aeroporto. Chegamos em tempo de aproveitar o e um bife de chorizo day off na terra dos hermanos, não sem antes fazer uma reunião com a produção local para repassar tudo do dia seguinte: cronograma, equipamentos, imprensa e deixar tudo 100% ajustado.
A pré-produção deste primeiro show foi tranquila, o pessoal local e o produtor Pablo foram muito bacanas e sabiam o que estavam fazendo. Atenderam todas as nossas necessidades de som, luz e backline, sempre com alguns ajustes, mas sem surpresas.
Dia do show no Groove Palermo: tudo correu conforme manda o figurino. Transporte ok; soundcheck ok, exceto por um pequeno atraso na chegada da mesa de monitor; show ok; um público de metal muito foda na plateia; load out ok. Enfim, a passagem por Buenos Aires foi muito tranquila, ideal para começar a tour com tudo sob controle!

No dia seguinte, 21, começou a prova do que teríamos pela frente: desafios com a logística, afinal o show em Santiago (Chile) seria no próprio dia 21. Poucas horas de sono e logo rumamos para o aeroporto, sempre com bastante antecedência para evitar surpresas. Trâmites de aeroporto feitos e, com todos os check-ins feitos no dia anterior, foi relax fazer o despacho de equipamentos e malas para Santiago.
Particularmente, eu estava bem ansioso e feliz com esse show, afinal tenho um pé no Chile, com descendência e família no país, e iria ver meu irmão depois de alguns anos.
Em termos de produção, o dia foi tranquilo, com o suporte da Maca, produtora local, o tempo todo conosco. O show foi no Teatro Cariola, um antigo teatro que hoje é uma casa de shows. O cronograma do dia rolou com tranquilidade, som, luz, backline, tudo muito bem atendido pela produção local. Os camarins do teatro eram minúsculos, mas conseguimos nos adaptar, mas o palco era bacana, montamos um bela estrutura e ainda sobrou um bom espaço para as bandas de abertura.

Meu irmão Jorge e nosso primo Martin passaram a tarde e a noite acompanhando o clima do backstage. O bacana foi ver a felicidade do Martin, que é músico em sua cidade, Melipilla, no interior do Chile, e nunca havia vivenciado um grande show.

O show rolou lindo, público muito bom, mais um para a conta! Rápido load out para mais um breve descanso, e no dia seguinte partimos para Coquimbo, uma pequena cidade de 200 mil habitantes ao norte do Chile.
Continuamos a tour na tranquilidade, com tudo rolando conforme o planejado, mas seguindo o ritmo do pessoal do interior, que estão bem menos acostumados com grandes eventos. Na chegada, enfrentamos uma situação de mau dimensionamento da van de carga – e o transporte teve que ser complementado pela caminhonete do produtor. De resto, a casa de show, Blumer House, ainda que fosse uma antiga residência transformada em espaço cultural, deu conta de abrigar a estrutura do Sepultura e os fãs de heavy metal fizeram juz ao evento.

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